Comissão de Direitos Humanos da Assembleia vai discutir excessos cometidos por funcionários de casas noturnas. Associação pede regularização do trabalho de PMs como seguranças.
Uma proposta polêmica será apresentada pela Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) hoje durante reunião com a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná. A ideia é regularizar os “bicos” de policiais militares como seguranças de bares e casas noturnas no estado, como já ocorreu no Rio de janeiro. A prática é proibida pelo regimento interno da Polícia Militar do estado.
O encontro pretende debater os excessos cometidos por seguranças em Curitiba. A reunião foi agendada após a denúncia de que um estudante de 18 anos teria sido agredido por seguranças do James Bar, na região central da capital, na madrugada do último dia 6. Internado na Clínica de Fraturas Novo Mundo, ele precisou amputar a perna esquerda no fim de semana.
Segurança privada
De acordo com o presidente estadual da Abrabar, Fabio Aguayo, o exercício de atividades paralelas em horários de folga de PMs sempre existiu. “Mas de uma maneira velada. Agora queremos que se discuta a regularização dessa prática para que os policiais possam trabalhar, fora do horário de serviço, resguardados por lei”. De acordo com o Código da Polícia Militar do Paraná, os policiais que fazem bicos podem ser expulsos da corporação.
Críticas
A proposta da Abrabar não agrada nem aos representantes da polícia nem aos vigilantes. O presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai), coronel Eliseo Furquim, defende que a categoria deveria receber salários melhores para não precisar de outros serviços a fim de complementar a renda familiar.
Já o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (Sindivigilantes), João Soares, prega que bares e casas noturnas contratem apenas serviços terceirizados regulamentados por lei. “Não podemos continuar com pessoas mal preparadas, verdadeiros ‘leões de chácara’ cuidando desses locais ou policiais que estão preparados para lidar com outras situações.”
De acordo com ele, os seguranças deveriam ter a capacidade de dialogar com os clientes. “Em situações em que a pessoa não quer pagar a conta, por exemplo, o segurança tem de buscar um caminho pacífico para que o problema seja resolvido. Se não for possível entrar em acordo, que se chame a polícia para fazer um boletim de ocorrência”, afirma.
De acordo com o Sindivigilantes, em nenhum bar ou casa noturna da capital paranaense a segurança é realizada por seguranças regulamentados e sim por empresas clandestinas ou seguranças particulares sem registro. A segurança privada é regulamentada pela Lei Federal 7.102/83, que estabelece que todos os profissionais sejam cadastrados na Polícia Federal, aprovados em curso preparatório, passem por reciclagem periodicamente e não tenham antecedentes criminais.
fonte: gazeta do povo
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