fonte: zero hora
Associação perde o controle de protestos. Entidade que representa PMs se diz surpresa com novas barreiras de fogo.
Uma nova onda de bloqueios de rodovias com pneus em chamas surpreendeu o Palácio Piratini e a Brigada Militar (BM) e aumentou a tensão em torno da negociação salarial entre governo e a entidade que representa os soldados da corporação. Depois de apoiar sete protestos e acertar uma trégua, a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), entidade que representa servidores de nível médio da BM, perdeu o controle sobre os incendiários que voltaram a trancar estradas na madrugada de ontem em Lajeado e em Santiago.
Na sexta-feira, em reunião no Piratini, o presidente da Abamf, Leonel Lucas, empenhou a palavra,garantindo o fim das manifestações, pelo menos, até o próximo encontro com o governo, agendado para amanhã à tarde. Durante o final de semana, Lucas percorreu 22 cidades do Interior, tentando sensibilizar colegas e representantes da Abamf a evitarem novos protestos.
– Não sabemos de onde partiram essas coisas. Pedimos uma trégua – garantiu Lucas, se dizendo surpreso.
Por se tratar de parte de um movimento nacional por melhores salários a PMs, os protestos podem estar sendo articulados de forma independente à Abamf. Nos quartéis, há temor de que as manifestações tenham efeito contrário do esperado pelos servidores.
– Pode ser uma pressão para definir logo um percentual de reajuste salarial, mas também pode ser um tiro no pé se o governo resolver endurecer nas negociações. O certo é que a Abamf tende a perder credibilidade – avalia um oficial, que pediu para ter o nome preservado.
A cúpula da Brigada Militar está apreensiva, mas garante estar perto de identificar os autores.
– Estamos avaliando. Não se sabe de onde partiu a ordem – disse o comandante-geral da BM, coronel Sérgio Roberto de Abreu.
Oficialmente, o governo prefere manter o discurso de que confia no bom andamento das negociações com a Abamf. A assessoria de comunicação da Casa Civil do Piratini informou que a reunião de amanhã à tarde está confirmada. O secretário-adjunto de Segurança Pública, Juarez Pinheiro, classificou os novos protestos como “um imenso equívoco”, mas frisou que eles não comprometem as tratativas salariais “porque não se sabe quem são os autores”.
– Quando se está em uma mesa de negociação, não se pode meter o pé na porta. Não vamos fugir da negociação democrática – afirmou.
Pinheiro assegurou que todos os protestos estão sob investigação, e os responsáveis serão punidos.
– Já tomamos providências – garantiu.
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