Não é raro se ouvir no âmbito policial que “o sucesso tem vários pais, e o fracasso é órfão”. O sucesso foi o que ocorreu ontem nas reivindicações dos policiais militares de Rondônia, que partiram para o “tudo ou nada” quando tomaram dois quartéis e enfrentaram a tropa da Força Nacional e o Batalhão de Choque. Uma ação ousada, arriscada e extrema, que poderia ter tido consequências drásticas, deixando seus participantes órfãos.
Felizmente, até mesmo os participantes das manifestações foram beneficiados, já que o governo resolveu anistiar todos aqueles que reivindicaram as cerca de vinte pautas para a PMRO. Vejam o que foi aprovado, em nota divulgada pelo site Rondônia ao Vivo:
Enfim a vitória foi conquistada pelos policiais militares que participaram da greve ocorrida no último fim de semana em Porto Velho e que gerou uma série de confusões. As propostas da categoria que foram enviadas pelo Executivo ao plenário da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia acabaram sendo aprovadas pelos 24 parlamentares.
Entre os itens aprovados a que deve provocar um precedente que servirá de referencial para casos dessa natureza diz respeito a anistia administrativa para os policiais militares envolvidos na paralisação, evitando que muitos deles sofra qualquer tipo de punição ou transferência. Vale ressaltar que essa anistia vale para todos os policiais que participaram de movimentos grevistas anteriores também ao ano de 2011.
Com essa aprovação a liderança do movimento grevista deve anexar esse item e passar para o Judiciário, que espera conseguir, finalmente, a liberdade de Jesuíno Boabaid, presidente da Associação dos Familiares dos Praças da Polícia Militar (Assfapom).
Jesuíno foi preso na última quinta-feira, por determinação da 1ª Vara da Auditoria Militar, Edvino Preczevski. No outro dia uma assembléia foi realizada e no sábado (07) deflagrada a greve com o fechamento do 1º e 5º Batalhão da PM.
Entre outros benefícios aprovados constam: reajuste de 0,26% sobre o soldo/dia para custear a alimentação, 4,87% do soldo para fardamento, 100% de hora extra e um limite de crédito consignado de 30%.
Que o exemplo rondoniano possa ser entendido em seus erros e acertos, observando peculiaridades locais de contexto institucional e político. E, claro: parabéns pela conquista!
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