6 de set. de 2010

ÚLTIMO ENVOLVIDO NO ASSASSINATO DO DELEGADO ZUBA É PRESO EM JOINVILLE

fonte: marcia santos




O último integrante do grupo que assassinou o Delegado da Polícia Civil do Paraná, José Antônio Zuba de Oliveira e do funcionário público Adilson da Silva, no último dia 24 de agosto em Pontal do Paraná, foi preso na manhã deste sábado (04), na Rodoviária de Joinvile, no Estado de Santa Catarina. Identificado após a prisão como Paulo Roberto Pereira Quintal, de 36 anos, natural de Terezina (Piauí), o homem conhecido como “Tutancamom” tem várias passagens pela polícia dos três estados. Ele já foi transferido para o Centro de Operações Especiais (Cope) de Curitiba e, provavelmente, ainda hoje segue para Piraquara.

A prisão foi realizada por policiais do 8º Batalhão de Polícia Militar daquele estado. “A PM do Paraná, juntamente com a Polícia Civil do Estado, contribuiu em todo o processo de busca e operações realizadas desde a morte do delegado, e o mais importante é que o último integrante foi preso”, afirma o Comandante-Geral da PM, Coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens. O homem portava uma pistola calibre 9 mm, marca Jericó (fabricação israelense) com dois carregadores municiados e uma submetralhadora calibre 380, marca Bereta com silenciador e dois carregadores municiados, ambas de uso restrito.

Além das armas, também estavam com ele três documentos de identidade falsos, uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) também falsa, R$ 293,35, um binóculo, um GPS de pulso, uma balança de precisão, medicamentos, um colete da Polícia Civil, 11 chips para celular, e um rádio transmissor (HT). Segundo informações recebidas da PM catarinense, houve uma denúncia por meio do 190, de que um homem suspeito, sujo e com sotaque diferente havia pedido informações na região de Quiriri, de como chegaria ao Terminal Norte.

A partir da informação, um policial à paisana conseguiu tomar o mesmo ônibus, localizou o suspeito, pediu apoio, e acompanhou-o até a Rodoviária Interestadual de Joinvile, onde Tutancamom desceu e recebeu voz de prisão. Encaminhado para a Polícia Federal, ele foi interrogado sobre a ação ocorrida no último dia 26 em Pirabeiraba (SC), onde outros dois homens entraram em confronto com a PM catarinense e foram mortos.

Na ocasião, Paulo Aparecido Alves de Abreu, o “Gauchinho” e Felipe “Tex”, antes de confrontarem com a PM, fizeram uma mulher de 62 anos refém, a qual foi atingida e ainda está internada no hospital São José, em Santa Catarina. Juntamente com a polícia Militar do Paraná, as equipes paranaenses continuaram as buscas até que neste sábado prenderam Tutancamom.

“O trabalho para a prisão deste suspeito foi intenso numa parceria entre as polícias militares do Paraná e Santa Catarina, além da Polícia Civil de ambos os estados; e aqui no Paraná estamos com um trabalho continuado para prender os assassinos dos nossos dois policiais, o sargento Flávio e o soldado Prebianca, mortos em Honório Serpa, no último dia 29 de agosto, quando foram atender uma ocorrência”, afirma o Comandante-Geral da PMPR, Coronel Rodrigo.

O Delegado-Chefe da Delegacia de Homícidios do Paraná, Hamilton da Paz, solicitou à Justiça a liberação de Tutancamom para que ele pudesse ser ouvido no Paraná, já que seria suspeito da morte de Zuba. Por isso, depois de ouvido ele foi trazido para Curitiba de Helicóptero e foi encaminhado para a sede do COPE, na Vila Hauer. Ele deverá também responder pelos delitos cometidos em Santa Catarina.

OUTROS - O quarto suspeito do crime, Francisco Diego Vidal Coutinho, 20 anos, foi transferido para sede do Cope, em Curitiba, no dia 24 de agosto, data do confronto. Segundo informações, a quadrilha seria integrante do Comando Vermelho da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, chegaram ao Paraná no dia 20 e alugaram uma casa em matinhos. Após levantar suspeitas foram para um camping, em Pontal do Paraná, onde foram denunciados por possuírem armas de fogo.

Neste local o delegado foi morto no momento em que averiguava a denúncia. O funcionário da prefeitura, Adilson da Silva, ficou gravemente ferido e morreu horas depois, no Hospital Regional de Paranaguá. Duas investigadoras que acompanhavam o delegado trocaram tiros com os suspeitos até que foram rendidas e deixadas no local sem as armas. Dois dias depois, os suspeitos fugiam de Guaratuba para Santa Catarina, quando um policial rodoviário do Paraná foi averiguar uma denúncia, e teve sua viatura roubada por eles, durante um confronto.

Em seguida, as informações foram repassadas para a PM de Santa Catarina e, posteriormente, já em território catarinense, houve novo confronto. No mato, foi encontrada uma sacola de armas, entre elas a pistola do Delegado da Polícia Civil paranaense.

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