13 de mar. de 2010

ESPOSAS NÃO CONSEGUEM FAZER MANIFESTAÇÃO

A ausência de mulheres em número suficiente para fazer uma passeata ontem à noite em frente do 13.º Batalhão da Polícia Militar, em Curitiba, demonstra a dificuldade de organização do grupo. Por lei, os policiais militares são proibidos de fazer qualquer tipo de manifestação, sob pena de serem presos e até mesmo exonerados da corporação. Por isso as mulheres costumam organizar os protestos em nome de seus maridos. “Estamos com dificuldades de telefonar uma para as outras, porque não temos dinheiro. Mas vamos lutar até o fim”, diz uma das mulheres.

Há nove anos, um grupo de esposas de policiais militares tornou usual o bloqueio dos portões dos quartéis. Elas impediam a saída dos carros e, ao mesmo tempo, tentavam evitar a punição de seus companheiros. A estratégia não impediu que os policiais fossem identificados e respondessem pelos seus atos.

A dificuldade foi sentida na pele por Isabel Schultz Neves, 44 anos, ex-líder do movimento das esposas dos policiais militares de 2001. Isabel foi uma das 40 mulheres retiradas à força do quartel do Comando Geral da Polícia Militar naquele ano. Esteve à frente da ocupação dos portões do quartel durante vários dias. Atualmente ocupa um cargo comissionado na Ouvidoria do Estado, recebe R$ 3.098,21 por mês, mas nega que tenha sido contratada por envolvimento político com o governador Roberto Requião. “Eu o conheci depois. Fui contratada para levar os problemas dos policiais militares diretamente a ele”, diz.

Isabel conta que, junto com sua família, sofreu perseguições do Comando da Polícia Militar, há nove anos. Diz que seu marido, o segundo sargento Manoel de Oliveira Neves Filho, ficou recebendo apenas o soldo (a parte fixa do salário) de R$ 334,98 por mês durante um ano. Os policiais que respondem por inquérito interno de transgressão ou crime militar perdem o direito de receber as gratificações, a maior parte do salário. “Tinha quatro linhas telefônicas de telemensagens e perdi tudo porque não conseguimos pagar as contas”, lembra.

A ex-líder do movimento conta que a situação só melhorou quando foi chamada por Requião. “Mesmo assim, os oficiais ainda perseguiram meu marido e ele foi trabalhar no Palácio Iguaçu”, diz.

Na opinião de Isabel, a manifestação da PM de quarta-feira passada ocorreu por falta de informação. “Transformar as gratificações em soldo é algo que queríamos desde 2001. Agora os aumentos salariais virão em cima da maior parte do salário”, diz.

fonte: gazeta do povo

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