12 de dez. de 2010

ESCRIVÃO DA DELEGACIA DE ARAUCÁRIA É PRESO, ACUSADO DE COBRAR PROPRINA PARA LIBERAR PRESOS

fonte: mp-pr

Ele foi preso junto com falso advogado. Dois traficantes também foram detidos.



Audios na integra entregue ao GAECO  retirados do site da GAZETA DO POVO 1ª e 2ª parte:





Uma operação deflagrada nesta manhã, 10 de dezembro, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), unidade Curitiba, do Ministério Público do Paraná, resultou na prisão de um policial civil (escrivão), um estelionatário que se passava por advogado e dois traficantes. O escrivão trabalhava na Delegacia de Araucária e é acusado de concussão (extorsão praticada por servidor público). Na casa dele foram apreendidos cerca de R$ 20 mil. Todos estão presos em Araucária.

Segundo investigações do GAECO, o esquema se dava da seguinte maneira: algumas pessoas que eram detidas na delegacia eram procuradas pelo falso advogado, que se dizia representante do policial. Ele propunha um preço pela liberação do preso. Acertada a negociação, era feito o pagamento e a pessoa liberada. De acordo com o que já foi apurado até então, o valor da propina variava de R$ 3 mil e R$ 6 mil. Os dois traficantes detidos hoje, um casal, seriam possíveis “clientes”. Nos próximos dias deve ser oferecida a denúncia criminal pelo MP-PR.

O GAECO é o braço do Ministério Público que trata do controle externo da atividade policial e do combate ao crime organizado. Há unidades do Grupo em Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava, Maringá e Guaíra. Todas são compostas por policiais civis e militares e por integrantes do MP-PR – procuradores e promotores de Justiça – que são responsáveis pela coordenação das ações.

O esquema foi denunciado pela mulher de um homem que havia sido preso e não foi solto porque devia um pagamento de uma detenção anterior. Na casa de do policia, a polícia encontrou R$ 20 mil. Ele foi acusado de concussão (extorsão praticada por servidor público).

Segundo as investigações, uma equipe da polícia militar deteve um grupo de oito pessoas que estariam consumindo drogas dentro de uma oficina mecânica na noite de 29 de novembro. Dos oito detidos no local, segundo informações do Gaeco, somente dois foram realmente presos.

Na delegacia, foi lavrado auto de prisão em flagrante somente contra o proprietário do estabelecimento. Um outro homem passou a noite na carceragem e foi liberado na manhã seguinte, depois de pagar R$ 6 mil referentes a um acerto com escrivão e Ravazzani. Ainda está sendo investigado se os outros seis detidos foram liberados mediante pagamento.

O acordo foi negado para o dono da oficina porque em uma prisão anterior ele não teria efetivado o pagamento combinado. Os familiares dele conversaram com a família do preso liberado e foram orientados a contratar Ravazzani, que intermediou o acerto na delegacia com o escrivão.

A família gravou a conversa com o advogado, que confirmou a existência do acerto para a liberação. Ravazzani abriu a possibilidade para a família do dono da oficina conseguir o mesmo benefício, realizando o pagamento dos honorários advocatícios, que seriam repassados para a sua liberação.

O promotor Vani Bueno, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) divulgou os nomes dos envolvidos num esquema de cobrança de propina na delegacia de Araucária Além dos dois acusados, a polícia também prendeu Natal Volnei e sua esposa. Segundo o Gaeco, Volnei seria traficante e foi beneficiado pelo "induto" fraudulento.

O promotor Bueno ainda investiga se os acusados praticaram outros crimes desta natureza na delegacia. "Fomos até a casa do escrivão e além de R$ 28 mil apreendemos vários documentos que serão analisados", comentou.

Se condenados, os acusados podem pegar até oito anos de prisão pelo crime de concussão (extorsão praticada por funcionário público).

O MP-PR vai oferecer denúncia criminal do caso nos próximos dias.

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