fonte: diário da amazônia
Com a greve da Polícia Militar (PM) e a manifestação dos caçambeiros, o fluxo de pessoas em lojas na avenida Sete de Setembro caiu consideravelmente. Além disso, motoristas aproveitam as manifestações para cometerem infrações. O Diário flagrou carros andando pela contramão e motoqueiros sem capacete. De acordo com a gerente de uma loja de roupas, Neide Alencar, o movimento caiu 40%. “Levamos um susto. Na segunda estávamos vendendo muito bem e na terça não saiu quase nada”, diz.
A justificativa é falta de policiamento e a adequação das rotas dos ônibus devido interdição da avenida pelas caçambas, caminhões, ônibus e máquinas desde terça-feira. Para a frentista e consumidora Sara Noeme, as greves devem acontecer. “Eu apoio as greves. Só fico preocupada com a segurança, mas eles devem manifestar”, comenta.
José Visconde da Costa, gerente de uma das cinco lojas de um grupo, garante que o movimento caiu 70%. “Nossa loja fica em frente a uma parada de ônibus, quem está esperando sempre entra e compra”. A rede de lojas conta com um quadro de 80 funcionários, para atender a demanda do fim de ano, foram contratados 25 trabalhadores temporários. “Na segunda-feira choveu e o movimento foi fraco. Na terça-feira viemos trabalhar para superar o dia anterior, quando vi esse monte de máquinas pensei estar em um canteiro de obras”, diz o gerente que fecha todos os dias a loja mais cedo com medo dos assaltados. “Ontem mesmo aconteceu um assalto aqui na Sete”, conta.
A vendedora Kelly Paixão saiu da zona Sul para pagar uma conta no Centro da Capital. “Eu só saí de casa porque a conta vence hoje”, afirma. Para a vendedora, as manifestações não deveriam ser totais. “Eles poderiam parar 75% pelo menos”, opina. Kelly trabalha no shopping center da Capital e garante que na loja onde trabalha o fluxo caiu 30%.
A joalheria onde trabalha Kelly Ramos não está muito preocupada com a segurança, mesmo com a falta de policiamento. A loja continua expondo os produtos nas vitrines e a porta não é trancada. “Temos que trabalhar, essa é a solução”.
Ao contrário da lojista, Jeferson Alves, policial civil, anda preocupado com a falta de policiamento. “Evito andar com carteira, por exemplo”, diz. Conforme Jeferson, o aumento de ocorrências no 3º Departamento de Polícia (DP), local onde trabalha, dobrou. “Eu estava de plantão no domingo e na segunda a noite. “A maioria das ocorrências são de roubo e furto”, afirma.
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